Portugal está a instalar 180 megawatts de energia solar sem subsídios


Depois de vários anos a conceder tarifas bonificadas a projectos de energias renováveis, o Governo está a atribuir potência sem apoios à produção. E para facilitar a vida aos investidores, em breve vai apresentar um mapa que identifica os melhores locais para instalar centrais solares no sul de Portugal.

Depois da energia eólica, Portugal vive agora uma euforia de desenvolvimento de energia solar fotovoltaica. E sem apoios à produção, ao contrário do que aconteceu nos projectos anteriores.

“Neste momento estão em curso a instalação de 180 megawatts (MW) de projectos solares fotovoltaicos já aprovados e sem tarifas subsidiadas”, disse o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, esta terça-feira, 19 de Julho.

As declarações tiveram lugar durante a apresentação do “BP Statistical Review of World Energy 2016” que teve lugar no ISCTE-IUL em Lisboa.

No seu discurso, Jorge Seguro Sanches sublinhou que nos últimos cinco anos as “energias renováveis representaram em média cerca de 50% do consumo” no país. E que depois da eólica urge agora apostar na produção solar.

“O aproveitamento do potencial solar em Portugal é estratégico para o reforço das renováveis em Portugal. E a produção solar reúne todas as condições para a produção sem subsídios e sem tarifas “feed-in””, começou por destacar o governante.

Seguro Sanches sublinhou que as renováveis em Portugal até 2015 “foram sempre subsidiadas pelos consumidores” e que este foi o “caminho correcto” a fazer. Mas a “mudança tecnológica” dos últimos anos “permitiu criar as condições para que hoje as renováveis sejam competitivas com todas as outras energias”, afirmou.

Neste contexto apontou que a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEG) e a REN estão a trabalhar no “sentido de identificar no sul do país os melhores locais” para instalar centrais solares fotovoltaicas “para que o país possa aproveitar no futuro as interligações eléctricas”, pois o país hoje é excedentário na produção de energia eléctrica, para países como Espanha ou no futuro Marrocos e França.

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